O Rei

Eu sou o Rei, não sou Valete.

Quero de copas a Dama
Me leve inteiro prá cama
E me faça sonhar.
No jogo da sedução
Quero ser tudo que te satisfaz
Não ser Curinga dessa relação
Mas, de amante ser teu Ás.
Pode dar as cartas
Vamos jogar a noite inteira
Vamos falar bobagens
Na balada é só zoeira
Não quero perder
Não vou deixar você ganhar
Não vai ser no grito
Mas, nos gemidos da tensão enorme.
Um ruído desvia a atenção
Não sei que cartas você tem à mão
Na manga anda espada(s), ouro(s) e pau(s)
No ouvido um Enigma, na cabeça Sade.
Nos olhos, mensagens, dengos, trapaças.
Prêmio é champagne e orgasmo.
No fim da noite, a taça.
Você múltiplos e eu ressaca.
                                             Magno Sam 29/Ago/2008